Os centros de votação nas ilhas Malvinas abriram neste domingo às 10h (mesmo horário de Brasília) para que seus moradores se pronunciem sobre o status político desse território dependente do Reino Unido, cuja soberania é reivindicada pela Argentina. Instalados nas quatro localidades mais destacadas das duas ilhas principais, os locais estarão abertos hoje e amanhã entre 10h e 18h.
Ao todo, 1.650 malvinenses com nacionalidade britânica têm direito a votar neste referendo, o primeiro deste tipo convocado para que decidam se querem que as ilhas continuem como território de ultramar do Reino Unido.
As autoridades locais instalaram centros de votação em quatro localidades das duas ilhas principais, Grande Malvina (West Falkland) e Soledad (East Falkland), localizadas a 12,5 mil quilômetros de Londres e a menos de 500 do litoral argentino.
Os malvinenses mostraram neste domingo seu lado mais patriótico ao saírem para votar no referendo convocado pelas autoridades locais para que expressem sua opinião sobre se desejam continuar como território do Reino Unido
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O desdobramento da Union Jack (bandeira britânica) marcou o primeiro dos dois dias de eleições, no qual muitas pessoas foram aos centros eleitorais vestindo as cores da bandeira do Reino Unido
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Com suas casas de estilo britânico e telhados de cores chamativas como o vermelho, o verde e o azul, Port Stanley viu sua paz habitual alterada pela grande expectativa que o referendo provocou e a presença da imprensa
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As cores azul, vermelho e branco (Union Jack), junto à bandeira malvinense, estão em todas partes: nas casas, nos veículos, no supermercado da capital Port Stanley, nas lojas de presentes, além dos edifícios públicos e o "pub" local
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O fato mais curioso deste primeiro dia foi protagonizado por um malvinense que foi votar vestindo colete e sapatos com a bandeira britânica, que inclusive fez com que os legisladores locais e as pessoas se divertissem, além de ter dançado enquanto votava
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As autoridades locais estimam que 70% das quase 1.700 pessoas convocadas para o referendo já tinha votado neste domingo
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Este referendo contou com a supervisão de vários observadores internacionais, cujos nomes e nacionalidades as autoridades locais não quiseram revelar
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Argentina e o Reino Unido enfrentaram uma guerra pela posse das ilhas do Atlântico Sul, que começou em 2 de abril de 1982, quando os militares argentinos ocuparam as Malvinas
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Neste domingo, urnas estarão disponíveis em quatro locais nas duas principais ilhas, Grande Malvina (West Falkland) e Soledad (East Falkland)
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Ao todo, 1.650 malvinenses com nacionalidade britânica têm direito a participar da consulta sobre a manutenção das ilhas como território ultramar do Reino Unido
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Com o atual status político, Reino Unido mantém competências de Defesa e Relações Exteriores em relação às ilhas
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Referendo é realizado em momento de acirramento das tensões políticas entre Reino Unidos e Argentina, quando o país latino-americano pressionando o europeu pela soberania das ilhas após 31 anos da Guerra das Malvinas
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Urnas ficam abertas até 18h locais (mesmo horário de Brasília), no domingo e na segunda-feira, e apuração inicia às 21h, após o fechamento das seções
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Resultado do referendo deve sair uma hora após o início da apuração, ou seja, às 22h de segunda-feira, segundo a Assembleia Legislativa local
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Os centros estarão em Port Stanley (Puerto Argentino), capital das Malvinas, e Goose Green, ambos na ilha Soledad, enquanto os outros dois são Fox Bay e Port Howard, em Grande Malvina.
Além desses colégios eleitorais, haverá cinco centros de votação móveis, instalados em veículos 4x4 que visitarão alguns lugares mais afastados.
A apuração dos votos começará às 21h da própria segunda-feira e a expectativa é que o resultado seja divulgado uma hora depois, segundo a Assembleia Legislativa, que indicou que haverá observadores internacionais acompanhando a evolução do referendo.
A pergunta direta feita aos malvinenses será: "Você quer que as ilhas Falklands mantenham seu status político atual como território do Reino Unido de ultramar?". A questão virá acompanhada por um preâmbulo que indicará que o atual status político do arquipélago é o de território do Reino Unido, que mantém as competências sobre Defesa e Relações Exteriores.
Esta consulta popular acontecerá no momento em que as relações entre Argentina e Reino Unido atravessam um de seus momentos mais críticos, devido às pressões de Buenos Aires para negociar a soberania quase 31 anos depois da Guerra das Malvinas.