Brasil deve se tornar alvo de terrorismo, diz especialista
12 set2011 - 10h09
(atualizado em 13/9/2011 às 09h33)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo
O professor da Universidade de Haifa (Israel) e especialista em terrorismo Gabriel Weimann estimou que o Brasil deva se tornar um alvo preferencial de terrorismo. De acordo com o acadêmico, esta condição se deve à posição econômica cada vez mais privilegiada do País, ao fato de sediar grandes eventos esportivos e à sua exclusão social.
"O Brasil tem populações frustradas e infelizes, alguns de seus cidadãos estão cheios de frustração e ódio porque se sentem alienados. É um território explorável pelas organizações terroristas, que recrutam pessoas deste perfil", disse Wimann. Ele citou a Copa do Mundo e as Olimpíadas, de cujas próximas edições o Brasil sede, em referência à ação de extremistas nos Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972.
Em sua exposição, o israelense alertou para a nova fase em que se encontra a maior organização terrorista Al-Qaeda após a morte de Osama Bin Laden e sua reposição por Ayman al Zawahiri, segundo ele "mais sofisticado" que seu antecessor. "A Al-Qaeda precisa mostrar que ainda é capaz de atuar e ser perigosa e a primavera árabe e o vácuo político criado por este acontecimento pode ser o cenário ideal para seu ressurgimento", alertou.
Weimann palestrou na sociedade Hebraica, em São Paulo, por ocasião do aniversário de 10 anos dos ataques terroristas do 11 de setembro. Também falaram o ex-ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, que alertou para o fato de que o Brasil ainda não tem uma legislação que tipifique o crime de terrorismo. "Temos a ambição de falar em um assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU e bloqueamos este assunto. É esquizofrênico", disse Jugmann.
Enquanto a cerimônia de aniversário dos 10 anos de 11/9 acontecia dentro de área reservada no World Trade Center, do lado de fora manifestantes defendiam teorias conspiratórias sobre os atentados. Segundo o movimento Remember Building 7, ainda há muitas perguntas sem respostas com relação ao ataque terrorista. Uma delas questiona como prédio 7, que estava localizado em frente as torres, desabou apenas com o impacto dos aviões nas Torres Gêmeas
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Manifestante usa camiseta com os dizeres "11/9 foi um trabalho interno" e distribui CD com teorias conspiratórias. Eles acreditam que o governo americano colocou explosivos para destruir o edifício
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Com cartaz na cabeça, manifestante chamou a atenção de quem passava no local
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
O objetivo dos manifestantes é incentivar uma maior investigação sobre os atentados
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Com bandeiras americanas no rosto, os manifestantes pediam que americanos "façam mais perguntas" sobre o episódio de 2001
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Enquanto a cerimonia acontecia em área reservada, policial observa manifestantes do lado de fora