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Mundo

Bombeiros russos ainda combatem fogo perto de centro nuclear

14 ago 2010 - 10h33
(atualizado às 10h53)
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Os bombeiros russos ainda lutam contras as chamas de um vasto incêndio, nas proximidades do centro nuclear de Sarov, a 500 km de Moscou, neste sábado. Os três primeiros aviões americanos de ajuda chegaram hoje à Rússia.

As autoridades russas destacam que o tamanho da superfície devastada pelas chamas em todo o país diminuiu e que nenhuma área sensível estava diretamente ameaçada pelo fogo, que matou 54 pessoas desde julho. Dois aviões C-130 da força aérea dos Estados Unidos e um avião fretado pelo estado da Califórnia, todos com com material que inclui tanques de água e roupas de proteção contra as chamas, pousaram no aeroporto de Vnukovo.

Segundo o Departamento de Estado, o valor da ajuda americana chega a US$ 4,5 milhões de dólares. O presidente Barack Obama prometeu total apoio ao colega Dmitri Medvedev. A Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), o Departamento de Defesa, o serviço federal de florestas e o estado da Califórnia mobilizaram equipes e meios aéreos de luta contra os incêndios para ajudar a Rússia.

Segundo o ministério de Situações de Emergência, 480 incêndios permaneciam ativos na Rússia neste, cobrindo uma superfície de 56 mil hectares. A área afetada, que alcançou 200 mil hectares no momento mais crítico, caiu a 25 mil hectares na sexta-feira.

Cerca de 2,5 mil bombeiros continuam lutando contra o fogo que devasta uma reserva natural perto do centro nuclear de Sarov, uma cidade da região de Nizhny Novgorod que está fechada aos estrangeiros, como no período soviético. Segundo o ministério de Situações de Emergência da república russa de Mordovia, onde fica a reserva natural, o incêndio no distrito de Popovka, cuja capital fica a 17 km de Sarov, não cedeu e ainda afeta mil hectares.

Outros dois locais sensíveis, o centro de reciclagem de dejetos nucleares de Mayak e o centro de materiais físseis de Snejinsk, ambos localizados 2 mil km ao leste de Moscou, nos Urais, também se viram ameaçados pelos incêndios, mas a situação está sob controle.

Os incêndios foram provocados pela pior onda de calor na história da Rússia, que destruiu 25% das plantações do país e cobriu Moscou na semana passada com uma nuvem de fumaça tóxica, o que provocou preocupações com a saúde da população.

As autoridades também estavam preocupadas com a possibilidade do fogo desprender partículas radioativas na região oeste da Rússia, que continua contaminada após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, mas especialistas garantiram que o nível de radiação é normal em todo o país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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