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Bashir é reeleito presidente do Sudão com 94% dos votos

27 abr 2015 - 16h59
(atualizado às 16h59)
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O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, prolongou o seu mandato de um quarto de século no poder com uma arrasadora vitória eleitoral, de acordo com resultados anunciados nesta segunda-feira, e rejeitou as alegações de que os eleitores não tiveram escolhas reais.

Presidente do Sudão Omar Hassan al-Bashir faz discurso em Cartum. 27/04/2015.
Presidente do Sudão Omar Hassan al-Bashir faz discurso em Cartum. 27/04/2015.
Foto: Mohamed Nureldin Abdallah / Reuters

O líder de 71 anos do país africano produtor de petróleo enfrenta uma oposição dividida e diminuída que na maior parte boicotou a votação realizada no início deste mês.

Bashir obteve 94,05 por cento dos votos na eleição presidencial, e seu Partido do Congresso Nacional (NCP) ganhou 323 dos 426 assentos parlamentares, disse o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Mukhtar al-Asim, em entrevista coletiva em Cartum.

Mukhtar afirmou que o comparecimento foi de 46,4 por cento, acima das estimativas de 30 a 35 por cento dos monitores da União Africana.

"Os eleitores não se importaram em votar ou prestar atenção porque não veem isso como uma eleição real", disse Abdelwahab El-Affendi, especialista em Sudão na Universidade de Westminster, em Londres. "Mesmo para os partidários do governo, não valia a pena usar seu tempo para ir a uma seção de votação, porque eles sabiam quem ganharia."

Os críticos de Bashir queixam-se de uma repressão aos meios de comunicação, à sociedade civil e aos grupos de oposição política, e a União Europeia acusou o Sudão de não realizar um verdadeiro diálogo nacional para aliviar seus conflitos, ou de criar um "ambiente favorável" para as eleições.

Em seu discurso de vitória horas após a divulgação dos resultados, Bashir defendeu a eleição.

"Com estas eleições, o povo sudanês deu ao mundo uma lição de ética, deu ao mundo uma lição de integridade", disse a simpatizantes.

"Nós não aceitamos a supervisão ou os ditames de outros... O Sudão é um país livre e não aceitamos as ordens dos outros."

(Reportagem adicional de Shadi Bushra e Ahmed Tolba)

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