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Ásia

Xeque salafista libanês diz ter visto membros do Hezbollah na Síria

1 mai 2013 - 11h07
(atualizado às 11h59)
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O conhecido xeque salafista libanês Ahmed al Agarrar afirmou em entrevista nesta quarta-feira ao canal de TV "LBC" ter visto combatentes do grupo xiita Hezbollah em território sírio, em uma visita recente que fez ao país vizinho.

"Pode-se distinguir os membros do Hezbollah apenas olhando", disse Agarrar, que esteve na cidade síria de Al Quseir, uma das fortificações dos opositores ao regime de Bashar al Assad na província fronteiriça de Homs.

O xeque não detalhou como os diferenciou, mas os guerrilheiros do Hezbollah costumam usar faixas na cabeça e nos braços com o emblema do grupo.

O religioso, um dos mais ferrenhos opositores ao Hezbollah e que anunciou há pouco a criação de uma brigada salafista libanesa para apoiar os insurgentes sírios, fez um apelo aos jovens de seu país que vão apoiar a rebelião síria.

"Me enchi de coragem e fui combater na Síria, o que me deixa honrado", afirmou o xeque, dizendo que podem ser vistos membros do Hezbollah no caminho para Al Quseir e que eles ocuparam aldeias sunitas e cristãs.

Segundo Agarrar, a Frente al Nusra, vinculada à Al Qaeda e que combate ao regime sírio, está presente em Al Quseir, mas não nas cidades que a cercam.

O religioso sunita se tornou famoso no ano passado depois que saiu de sua mesquita na periferia da cidade de Sidon, 30 quilômetros ao sul de Beirute, e viajou para Beirute para se manifestar contra o regime do presidente sírio, Bashar al Assad.

Ontem à noite, o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, advertiu em discurso transmitido pela rede de televisão "Al-Manar" que os amigos da Síria não permitirão que o país caia nas mãos dos Estados Unidos nem dos grupos extremistas.

Sem negar a participação de seus combatentes na guerra síria, afirmou que o número de vítimas de seu grupo foi "amplificado pelos me noticiários".

Após o discurso, a Coalizão Nacional Síria (CNFRS), principal aliança opositora, reiterou seu pedido ao governo libanês de que detenha imediatamente as operações do Hezbollah perto da fronteira com o Estado vizinho.

A guerra na Síria reforçou a divisão entre os libaneses, já que uma parte apoia o regime de Damasco e, a outra, os rebeldes, o que causou confrontos em várias áreas do país, especialmente na cidade de Trípoli.

EFE   
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