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Ásia

TV do Irã proíbe atores que tenham feito cirurgia plástica

Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã se tornou um dos maiores centros para cirurgias cosméticas do mundo - apesar do alto custo das operações

27 jun 2014 - 17h50
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<p>Cirurgias plásticas são populares no Irã, especialmente entre mulheres jovens</p>
Cirurgias plásticas são populares no Irã, especialmente entre mulheres jovens
Foto: Getty Images

Uma estação de TV estatal iraniana em Teerã está proibindo a participação de atores que tenham se submetido a cirurgias plásticas.

"Estes atores e atrizes que se submeteram a cirurgias estéticas serão excluídos de nossas listas", disse Ali Akbar Mahmudi-Mahrizi, chefe do departamento de filmes e séries de TV no Tehran Channel.

A agência de notícias Isna também informou que a suspensão está sendo aplicada para "prevenir que cirurgias estéticas contagiem outros atores e atrizes".

O Tehran Channel realiza transmissões para a região da capital iraniana.

As cirurgias plásticas são populares no Irã, especialmente entre jovens mulheres.

Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã se tornou um dos maiores centros para cirurgias cosméticas do mundo - apesar do alto custo das operações.

O movimento começou com mulheres iranianas interessadas em plásticas no nariz, já que esta é a única parte do rosto que elas podem exibir devido aos rígidos códigos de vestimenta impostos pela lei islâmica, a sharia, que rege o país.

Teerã chegou a ser chamada de "capital mundial das cirurgias no nariz".

A prática é cada vez mais comum também entre homens iranianos.

Em 2006, a BBC entrevistou o cirurgião Magid Navab, de Teerã, que, à época, disse já ter realizado mais de 30 mil cirurgias plásticas faciais.

"(Cirurgias plásticas) se tornaram moda (entre homens), uma competição, porque um garoto quer competir com outro por uma garota", disse Navab à época.

Segundo ele, além das operações nos narizes, cirurgias nas pálpebras e nos olhos são as mais populares.

Estimativas apontam para a existência de ao menos 3 mil cirurgiões plásticos somente na capital.

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