Tibetano morre após pôr fogo no próprio corpo em protesto na China
24 nov2012 - 08h40
(atualizado às 09h05)
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Um tibetano morreu no noroeste da China após atear fogo ao próprio corpo na sexta-feira (horário local). Na região tem havido fortes protestos, que marcam o processo de mudança de governo em Pequim, informou neste sábado a agência oficial de notícias
Nova China
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O homem, identificado como Dazheng, tinha 26 anos e se suicidou às 20h30 (10h30 de Brasília) na prefeitura autônoma de Huangnan, província de Qinghai.Outro tibetano, Tsering Libong, de 19 anos, também morreu na quinta-feira na mesma localidade após ter se imolado com fogo, informou a Nova China. Outros dois tibetanos morreram da mesma forma na segunda e terça-feira. Três desses suicídios aconteceram na província de Qinghai e um deles em Gansu.
Próximas à região autônoma do Tibete, Gansu e Qinghai têm uma grande população de etnia tibetana, que acusa as autoridades de sufocar sua cultura e sua religião. As imolações de tibetanos têm se multiplicado nas últimas semanas devido ao congresso do Partido Comunista, ao término do qual, no dia 15 de novembro, foram apresentados os novos líderes da China.
O Dalai Lama, líder espiritual tibetano, e Lobsang Sangay, primeiro-ministro da administração central tibetana, fazem pronunciamento no Dia da Democracia Tibetana. Os dois vivem em exílio, na cidade de Dharamsala, na Índia, desde a ocupação chinesa na região
Foto: AFP
No Nepal, tibetanos refugiados prestam reverência ao Dalai Lama na data, que marca os 52 anos de aniversário da instauração do governo de exílio do país (não reconhecido pela China), ocupado totalmente pelos chineses desde os anos 50
Foto: Reuters
Data é marcada por um misto de comemoração e protestos por parte dos tibetanos espalhados por outros países. No Nepal, mulheres tibetanas se manifestam, apesar da orientação do país de não permitir atos do tipo por influência do governo chinês
Foto: Reuters
Pichação em Katmandu, no Nepal, pede a desocupação chinesa da região do Tibete
Foto: AP
Tibetano exilado reza durante celebração que marca o Dia da Democracia Tibetana, em Katmandu. Nesta data em 1960, membros do primeiro Parlamento tibetano no exílio foram eleitos
Foto: AP
Monges exilados participam de cerimônia religiosa em Katmandu
Foto: AP
Estudantes de escola tibetana jogam farinha para o ar para marcar a data, em Katmandu
Foto: AP
Tibetanos exilados atiram farinha para o ar para celebrar o Dia da Democracia Tibetana