Tibetano morre ao atear fogo em si mesmo em novo protesto
Um monge pôs fogo ao próprio corpo no Tibete em protesto pela ocupação militar chinesa nessa região do Himalaia, informou nesta quinta-feira o porta-voz do exílio tibetano em Nova Délhi, Tempa Tsering.
Tsering precisou que o monge, identificado como Sherab, de 20 anos, faleceu ontem em Chaer, na região de Ngaba, provínciade Sichuan, para denunciar "a ocupação chinesa e a sistemática violação de direitos humanos no Tibete".
Após a ação de protesto, as autoridades chinesas confiscaram o corpo e impediram sua cremação por parte de seus familiares, indicou o Centro Tibetano pelos Direitos Humanos e a Democracia, em comunicado. No comunicado se acrescenta que o Exército chinês reforçou sua presença na área.
Mais de 30 tibetanos, a maioria monges e freiras budistas, faleceram após colocar fogo em seus próprios corpos na onda de protestos que se iniciou no ano passado contra a situação no Tibete, ocupado em 1950 pelo Exército chinês.
A última imolação aconteceu em Nova Délhi, onde o ativista tibetano Jamyang Yeshi, de 26 anos, se imolou na última segunda-feira em protesto pela visita do presidente chinês, Hu Jintao, para assistir a uma cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Yeshi morreu ontem na capital indiana após sofrer queimaduras em 90% de seu corpo.