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Ásia

Japão diz que precisa ao menos 30 anos para fechar Fukushima

28 out 2011 - 09h27
(atualizado às 10h10)
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Um comitê nuclear criado pelo governo do Japão alertou nesta sexta-feira que o fechamento da usina de Fukushima Daiichi, epicentro do pior acidente atômico dos últimos 25 anos, não será concluído antes de 30 anos.

Segundo o canal de televisão NHK, o comitê apresentou nesta sexta uma minuta de seu relatório sobre o fechamento da usina, na qual prevê para antes de três anos a retirada do combustível utilizado nas piscinas dos reatores 1, 2, 3 e 4, que será levado a uma piscina de armazenamento comum.

Os especialistas querem também que o combustível que está no interior do núcleo dos reatores 1, 2 e 3, os mais danificados pelo tsunami de março, comecem a ser retirados antes de dez anos.

Esses reatores sofreram uma fusão parcial de seus núcleos quando, em março, o grande tsunami provocado por um terremoto de 9 graus na Escala Richter paralisou os sistemas de refrigeração da usina, que tinha quatro de suas seis unidades ativas.

Segundo o comitê, passarão pelo menos 30 anos antes que todo o combustível seja retirado e haja condições necessárias para que os reatores da central, que operava desde a década de 1970, possam ser desativados.

No entanto, "não podemos prever uma data para o fechamento da central até a pesquisa ser concluída", disse à NHK um dos especialistas do comitê, o professor Hajimu Yamana, da Universidade de Kioto.

Por enquanto o objetivo é começar a retirar o combustível do interior dos reatores o mais rápido possível assim que houver condições de segurança no interior da central, e, em qualquer caso, antes de dez anos.

O acidente nuclear de Fukushima, o mais grave desde de Chernobyl, mantém desabrigadas cerca de 80 mil famílias em um raio de 80 quilômetros da usina por temor à radioatividade, que causou danos milionários na agricultura, pecuária e pesca da região.

O governo japonês e a Tokyo Electric Power, operadora da usina, afirmam que os níveis de radioatividade têm diminuído gradualmente e esperam levar os reatores danificados ao estado de "parada fria" antes do fim do ano.

EFE   
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