Tepco consegue utilizar água reciclada para esfriar reatores
3 jul2011 - 02h51
(atualizado às 03h09)
Compartilhar
A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, deu um passo adiante para refrigerar os reatores ao conseguir que o sistema utilize unicamente água reciclada da própria unidade, informou neste a rede NHK.
Até agora, os técnicos tinham que injetar entre dois e três toneladas adicionais de água por hora para refrigerar os reatores, o que deixará de ser necessário se ficar demonstrado que o novo sistema funciona de forma estável com um circuito fechado.
Nas últimas duas semanas foram feitos vários testes para ativar o dispositivo para tratar a água radioativa, mas diferentes problemas, desde escapamentos a defeitos nas válvulas de descontaminação, impediam uma solução definitiva.
Nesse sábado, a Tepco instalou um depósito intermediário para regular o fluxo de água reciclada em circulação, ao mesmo tempo em que reforçou os encanamentos para evitar novos vazamentos.
Um funcionamento contínuo deste sistema representaria um grande avanço para o objetivo da operadora de levar os reatores à "parada fria" até janeiro de 2012. Os responsáveis de Fukushima estabeleceram o prazo do dia 17 de julho para completar a primeira etapa desse plano, que inclui a refrigeração estável de todas as unidades.
Segundo a Tepco, os problemas apresentados até agora pelo sistema de descontaminação, que utiliza tecnologia francesa e americana, se deveu em parte a erros humanos entre a pressão pela urgência da situação.
A central de Fukushima foi seriamente danificada pelo tsunami do dia 11 de março, que desencadeou a pior crise nuclear em 25 anos no Japão.
Residência danificada e alagada após desastre, localizada em área residencial em Kesennuma, Miyagi, nordeste do país
Foto: AP
Na primeira foto, pessoas caminham ao longo da autoestrada regional 30, em Ishinomaki, após tragédia que atingiu o nordeste japonês. Na segunda foto, cenas da reconstrução no local
Foto: AP
Um navio foi arrastado junto com outros destroços após o terremoto seguido de tsunami em Miyako. Três meses depois, o trânsito foi normalizado nesta área
Foto: AP
Um barco aparece sobre uma construção em Otsuchi depois da devastação ocorrida em 11 de março. A imagem de hoje mostra que a embarcação foi retirada, mas muitos detritos permanecem na região
Foto: AP
¿ Esta área residencial de Kesennuma aparece alagada e repleta de destroços. Hoje, pode-se observar uma estrada em funcionamento, embora entulhos ainda estejam presentes no local
Foto: AP
Em Kesennuma, uma fotografia mostra que o navio encalhado nos entulhos em função do tsunami permanece no mesmo local após três meses do desastre
Foto: AP
Na Estação de Shinchi, dois trens que foram arrastados pelo tsunami. Hoje, o cenário é ainda de destruição, mas um caminho já foi aberto
Foto: AP
Em Rikuzentakata, o local antes destinado a carros agora é tomado por casas temporárias criadas para os refugiados
Foto: AP
Em Rikuzentakata, carros de bombeiros entre os detritos acumulados pelo tsunami. Hoje a área se apresenta quase sem destroços
Foto: AP
Várias casas foram danificadas e os detritos foram amontoados em Ofunato. Na foto recente, observa-se que as vias foram limpas e que máquinas ainda trabalham para retirar os destroços trazidos pelo tsunami
Foto: AP
Dois dias após o terremoto seguido de tsunami, o registro de como ficou o estacionamento de um shopping center em Otsuchi. Os destroços já não aparecem na foto atual
Foto: AP
Na primeira imagem, bombeiros trabalhando para resgatar sobreviventes. Abaixo já podem ser observados postes de luz, indicando a reinstalação da energia elétrica na região nordeste do Japão
Foto: AP
No topo, sobreviventes caminham nas ruas cheias de destroços carregando suprimentos logo após a catástrofe. Na fotografia atual, apenas uma casa com sinais do ocorrido
Foto: AP
No topo, imagem de edifícios rodeados de escombros, em Onagawa, registrada em 16 de março, nordeste do Japão. Hoje, boa parte dos detritos já foi removida
Foto: AP
Três meses após a tragédia que ocorreu no nordeste do Japão, margaridas florescem no espaço antes ocupado por detritos arrastados pelo tsunami, em Kesennuma
Foto: AP
Área residencial em Natori, no nordeste do Japão, que foi devastado pelo terremoto seguido de tsunami em março deste ano