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Ásia

Brasil pode suspender restrições a alimentos japoneses, diz Patriota

16 abr 2011 - 05h55
(atualizado às 06h09)
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O Brasil pode suspender suas restrições à importação de produtos agrícolas japoneses assim que a situação na usina nuclear de Fukushima se estabilizar, indicou neste sábado o chanceler brasileiro, Antonio Patriota. Ele manteve hoje em Tóquio um encontro com o ministro das Relações Exteriores japonês, Takeaki Matsumoto, a quem transmitiu suas condolências pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março, em desastre que deixou mais de 28 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.

Em um encontro com jornalistas, o ministro brasileiro indicou que, "dependendo dos próximos eventos" na usina nuclear de Fukushima, "vamos considerar a possibilidade de mudar ou abolir as restrições, nos baseando nos padrões científicos estabelecidos pelas organizações internacionais", segundo a agência local Kyodo.

Desde 11 de março, dia em que ocorreu o terremoto que gerou o tsunami e o acidente nuclear em Fukushima, o Brasil fez a reivindicação aos exportadores agrícolas japoneses que especificassem de qual província provêm seus produtos. Os exportadores também devem declarar o nível de radiação de seus produtos, indicando se são menores que os estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em comparecimento conjunto com Patriota, Matsumoto assegurou que o governo japonês transmitirá a informação "correta, adequada e a tempo" sobre a crise em Fukushima. Além disso, os dois ministros se mostraram a favor de manter os projetos econômicos em andamento entre Brasil e Japão, e de colaborar na reforma da ONU.

Vivem no Brasil cerca de 1,5 milhão de japoneses, enquanto há 270 mil brasileiros no Japão, o que constitui a maior comunidade estrangeira no país asiático.

EFE   
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