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Ásia

Banco do Japão não vê problemas para financiar reconstrução

14 abr 2011 - 19h27
(atualizado às 20h12)
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O diretor do banco central japonês (BoJ), Masaaki Shirakawa, disse nesta quinta-feira em Nova York que o Japão não encontrará dificuldades para financiar a reconstrução do país depois do devastador terremoto seguido de tsunami em março. O banco central japonês vê problemas na cadeia de abastecimento, na energia, no turismo e em outros setores importantes, mas disse que o sistema financeiro poderá cooperar.

"Contanto que o Japão continue a trabalhar rumo à reconstrução, dificilmente problemas financeiros vão surgir", declarou em discurso no Counsil on Foreign Relations, em Nova York. Shirakawa afirmou ainda que o desastre ocorreu "em um momento em que a economia do Japão estava gradualmente sendo retomada". Ele declarou que, com a tragédia, era "inevitável" que a produção e a oferta sofressem.

Dada a natureza global da economia, países parceiros como a China e os Estados Unidos também seriam afetados, completou. "O impacto na cadeia de abastecimento poderá espalhar-se internacionalmente", disse. No entanto, Shirakawa insistiu que o Japão conta com fundos para financiar a reconstrução. "A sociedade japonesa mostrou resiliência. O trabalho de reconstrução começou gradualmente, mas firmemente", disse.

"O primeiro desafio é garantir a necessidade de financiamento para a reconstrução. A esse respeito, o Japão tem poupança para um período prolongado. De uma perspectiva macroeconômica, esse financiamento não será difícil", disse.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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