Terremoto de 5,8 graus atinge Fukushima novamente
Um terremoto de 5,8 graus na escala Richter sacudiu o nordeste do Japão novamente nesta quarta-feira (horário local), com epicentro na província de Fukushima. O tremor aconteceu às 10h08 no Japão (22h08 de terça-feira em Brasília) com epicentro localizado a 10 km de profundidade no sul de Fukushima, onde alcançou uma intensidade de grau 4 na escala japonesa, que tem máximo de 7.
O terremoto não levou à evacuação da usina nuclear de Fukushima nem deteve os trabalhos de resfriamento de seus reatores, informou a emissora pública NHK. Parte dos operários se concentra nesta quarta-feira em drenar a água contaminada que inunda várias áreas das instalações do reator 2. O objetivo é retirar até quinta pelo menos 700 t das cerca de 6 mil que alagam diferentes unidades da central, indicaram fontes da Tepco, empresa operadora da usina.
Além disso, segue no reator 1 a injeção de nitrogênio na contenção primária a fim de diminuir o risco de uma explosão de hidrogênio como as que se produziram nos primeiros dias da crise nuclear nos edifícios que abrigam os reatores 1 e 3.
Além da água contaminada, prejudicam os trabalhos dos operários de Fukushima as várias réplicas que sacodem a região. Segundo a Agência Meteorológica do Japão, desde o terremoto de 9 graus que sacudiu o nordeste japonês em 11 de março houve mais de 400 réplicas superiores a 5 graus na escala Richter.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.
Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.