Técnicos de Fukushima recebem ordem de evacuação após tremor

7 abr 2011 - 12h14

(atualizado às 13h03)

Os técnicos e funcionários que trabalham para controlar a situação na central nuclear de Fukushima, danificada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março, receberam ordens para deixar o local imediatamente após um novo tremor de magnitude 7.1 na mesma região, informou nesta quinta-feira a companhia Tepco, que opera a usina. A tremor havia sido inicialmente medido em 7,4 graus, sendo revisado depois para a magnitude 7,1, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Moradores saem de suas casas durante o terremoto, em Ishinomaki, na província de Iwate, norte do Japão
Foto: AP

"Depois do terremoto e do alerta de tsunami, todos os trabalhadores foram evacuados para uma área segura. A companhia confirma que todos os trabalhadores deixaram a usina em segurança", indicou um porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco). "Não sabemos se houve algum dano às instalações (da central de Fukushima)", acrescentou.

As usinas de Fukushima Daiichi e Daini representam o maior temor do período pós-tsunami no Japão. A catástrofe do dia 11 de março abalou a estrutura das centrais nucleares e provocou vazamentos de radiação, já detectada em quantidades altas - embora, segundo os técnicos, em níveis inofensivos - na água e em alimentos das regiões mais afetadas. As autoridades japoneses vêm travando uma batalha diária para eliminar o perigo nuclear em Fukushima, cujo desfecho ainda permanece incerto.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.