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Ásia

Japão se desculpa com países vizinhos por não avisar sobre vazamento

6 abr 2011 - 01h43
(atualizado às 01h57)
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O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, pediu desculpas nesta quarta-feira aos países vizinhos do Japão por não notificar com antecedência sobre o vazamento de água radioativa ao Oceano Pacífico iniciado na segunda-feira na usina de Fukushima.

As declarações de Edano chegam pouco depois de Seul ter demonstrado descontentamento pelo lançamento de água de baixa radiação ao mar para permitir o armazenamento de líquido com mais radiação procedente dos reatores de Fukushima Daiichi.

Na terça-feira, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano disse que, "quando há eventos que causam ansiedade entre países vizinhos, devem ser notificados anteriormente".

Seul chegou inclusive a afirmar que a liberação de água radioativa ao mar por parte da Tepco, a operadora da usina, "poderia representar um problema com relação às leis internacionais", algo que o Ministério das Relações Exteriores japonês negou.

Edano assegurou nesta quarta-feira que a liberação de 11.500 toneladas de água com baixa radioatividade (cerca de 100 vezes acima dos limites legais) é necessária para seguir armazenando líquido com maior concentração de radiação e retomar as tarefas de resfriamento dos reatores mais afetados.

O porta-voz do governo japonês também indicou que o vazamento de água radioativa ao mar perto de Fukushima Daiichi através de uma rachadura em um poço foi controlado nesta quarta-feira, graças à injeção de silicato de sódio.

No entanto, Edano pediu cautela, já que ainda deve ser confirmado se o fluxo de água tóxica foi controlado totalmente e se não existem outros focos de vazamento. O porta-voz lembrou que o governo trabalhará para explicar aos pescadores da região os problemas causados pela contaminação das águas próximas à central de Fukushima com materiais radioativos como o iodo e o césio.

Segundo a televisão pública NHK, a maior parte das cooperativas de pescadores da vizinha província de Ibaraki deixou de trabalhar voluntariamente, após serem detectados níveis de césio superiores ao permitido em um peixe similar à enguia.

info infográfico evacuação japão
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Foto: AFP
EFE   
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