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Ásia

Japão: corante é usado para achar vias de escape de água radioativa

4 abr 2011 - 01h30
(atualizado às 01h45)
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A Tokyo Electric Power (Tepco), a operadora da usina nuclear de Fukushima, usou nesta segunda-feira líquido com corante em um túnel próximo ao reator 2 da central para tentar determinar a rota pela qual a água radioativa vaza para o mar.

Segundo a televisão NHK, os funcionários verteram o líquido de cor branca em um túnel que conduz à fossa onde este sábado foi detectada uma rachadura de cerca de 20 cm, que permite que água com uma elevada radioatividade escape para o mar.

Tentou-se deter o vazamento selando a rachadura com concreto e injetando polímero em pó para absorver a água, mas nenhum desses dois recursos obteve sucesso.

O objetivo do corante é poder seguir a rota exata pela qual chega ao mar a água contaminada, que por causa de seu elevado nível de radioatividade se acredita que poderia proceder do núcleo do reator 2.

A Tepco trabalha com várias possibilidades para deter o vazamento ao mar, como tentar tapar a rachadura com produtos químicos ou instalar uma barreira no litoral para conter a água radioativa.

De forma paralela, os técnicos continuam os esforços para drenar a água radioativa que inunda os porões dos prédios de turbinas das unidades 1, 2 e 3, que dificulta seriamente os trabalhos para esfriar os reatores da central de Fukushima.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 12,1 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

Iwaki
Iwaki
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
EFE   
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