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Ásia

Kan: com regras respeitadas, radioatividade não é perigosa

1 abr 2011 - 07h15
(atualizado às 10h40)
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O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou nesta sexta-feira que os japoneses não correm nenhum perigo de exposição a taxas perigosas de radioatividade caso sigam os conselhos das autoridades, três semanas depois do terremoto e tsunami que provocaram o acidente nuclear em Fukushima.

Kan garantiu que japoneses não correm perigo se todos conselhos forem tomados; a crise, no entanto, não tem data para acabar
Kan garantiu que japoneses não correm perigo se todos conselhos forem tomados; a crise, no entanto, não tem data para acabar
Foto: Reuters

Dois dias depois de uma recomendação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para que o Japão amplie a zona de segurança de 20 km ao redor da central nuclear acidentada, Kan insistiu que o país decide "a área de segurança em função dos conselhos e propostas dos especialistas". "No Japão, nós pedimos às pessoas que sigam as regras porque, se assim fizerem, não haverá consequências para sua saúde", explicou o premiê durante uma entrevista coletiva.

Ao mesmo tempo, Kan admitiu que é "difícil" determinar quando a crise da usina nuclear de Fukushima terminará. "A estabilidade não foi alcançada, mas estamos preparados para qualquer situação possível e concebível em Fukushima". Mesmo assim, o premiê se mostrou convencido de que "se conseguirá estabilizar" Fukushima Daiichi através da refrigeração de seus reatores.

O chefe de Governo japonês assinalou que a prioridade é a "saúde e segurança das pessoas", e lamentou a situação dos moradores que viviam perto da unidade e se viram prejudicados em seu modo de vida por causa da crise criada.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

Com informações de AFP e EFE.

Fonte: Terra
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