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Ásia

Alemanha oferece robôs ao Japão para limpeza nuclear

30 mar 2011 - 16h33
(atualizado às 17h52)
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A Alemanha ofereceu enviar ao Japão robôs comandados por controle remoto para limpar e consertar os reatores danificados da usina nuclear de Fukushima, que está vazando radiação após ter sido atingida por um terremoto e tsunami. A chanceler alemã, Angela Merkel, ofereceu ao premiê japonês, Naoto Kan, "equipamento especial controlado por rádio da Alemanha que pode ser usado para limpar e reparar os reatores", disse o porta-voz dela, Steffen Seibert, em comunicado.

Faróis de carro iluminam região revastada pelo terremoto seguido de tsunami, em Yamada, na província de Iwate
Faróis de carro iluminam região revastada pelo terremoto seguido de tsunami, em Yamada, na província de Iwate
Foto: AFP

O Japão estava considerando a oferta, de acordo com a nota divulgada nesta quarta-feira. Os operadores da usina de Fukushima Daiichi não estão conseguindo controlar o complexo nuclear, 240 km ao norte de Tóquio, que continua a sofrer vazamento de radiação. Os riscos à saúde são crescentes devido à presença de elementos radioativos do lado de fora da usina.

O trabalho para reiniciar os sistemas de resfriamento, que são fundamentais para controlar o reator e impedir uma catástrofe ainda maior, é realizado sob condições extremamente perigosas e pode levar meses. Os Estados Unidos vão enviar alguns robôs que detectam radiação para ajudar o Japão.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

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