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Ásia

Governo diz que é preciso controlar vazamento de plutônio

28 mar 2011 - 23h33
(atualizado em 29/3/2011 às 00h29)
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O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse nesta terça-feira que é preciso controlar o vazamento de plutônio nos reatores da usina Fukushima Daiichi, embora seja baixo o índice registrado até agora.

Segundo Edano, o plutônio detectado nesta segunda-feira por operários da Tokyo Electric Power Company (Tepco) provém das barras de combustíveis, devido à composição dos elementos registrados.

O governo pediu que também sejam analisados os arredores da usina para determinar se o terreno contém plutônio, depois que na segunda-feira foi detectada pequena quantidade deste material na central. O plutônio é altamente tóxico e muito mais perigoso para a saúde humana que os isótopos radioativos do iodo e o césio registrados até agora.

O porta-voz do governo japonês disse em entrevista coletiva que a presença de plutônio representa um desafio para os trabalhadores da central, pelo que será preciso aumentar a vigilância sobre a usina, que enfrenta graves problemas em quatro de seus seis reatores.

A alta toxicidade do plutônio, usado no reator 3 em uma mistura com urânio, dificultará o trabalho dos operários da central de Fukushima, depois que nesta segunda-feira foi detectada água altamente radioativa em um conduto no exterior da unidade 2.

Edano disse que a prioridade continua sendo resfriar os reatores e as piscinas de combustível, embora agora devam ser drenadas as áreas dos edifícios de turbinas das unidades inundadas com água radioativa para evitar a extensão da contaminação e o vazamento de líquido.

Durante este fim de semana foram registrados altos níveis de radiação em áreas do edifício de turbinas da unidade 2 e também no mar nas proximidades da usina nuclear.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 10 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

Faróis de carro iluminam região revastada pelo terremoto seguido de tsunami, em Yamada, na província de Iwate
Faróis de carro iluminam região revastada pelo terremoto seguido de tsunami, em Yamada, na província de Iwate
Foto: AFP
EFE   
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