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Ásia

AIEA diz que não foi informada sobre vazamento de plutônio

28 mar 2011 - 14h12
(atualizado às 14h31)
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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indicou nesta segunda-feira que ainda não foi informada pelas autoridades do Japão sobre um suposto vazamento de plutônio do complexo nuclear de Fukushima, danificado pelo grande terremoto do último dia 11 que atingiu o nordeste do país.

Carro ficou parcialmente submerso em uma lavoura de arroz que foi inundada, em Higashi-Matsushima
Carro ficou parcialmente submerso em uma lavoura de arroz que foi inundada, em Higashi-Matsushima
Foto: Reuters

Questionado sobre este assunto pela imprensa em Viena, Denis Flory, diretor-adjunto para Segurança Nuclear da AIEA, assinalou que "deve ser plutônio com pureza para reatores que se molda para o reator".

A fuga de plutônio "significa que há uma degradação do combustível, o que não é uma novidade", manifestou o funcionário da Agência. "Estivemos dizendo isso de forma consistente durante dias", exclamou Flory, que não deu mais detalhes do assunto.

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, anunciou nesta segunda-feira a detecção de plutônio em cinco pontos da usina, sem especificar onde exatamente.

O reator 3 da central tem como combustível uma mistura de urânio e plutônio (mox), substância bastante perigosa para a saúde humana.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 10 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE   
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