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Ásia

AIEA drena água acumulada no reator 1 de usina de Fukushima

27 mar 2011 - 07h33
(atualizado às 08h16)
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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou neste domingo que já começou a drenar a água acumulada no edifício da turbina do reator 1 da usina nuclear de Fukushima, algo essencial para que continuem os trabalhos para devolver a provisão elétrica à central. Mais cedo, o órgão informou que foi detectada a presença de iodo 131, césio 137 e césio 134 no reator 1.

info infográfico situação crítica fukushima
info infográfico situação crítica fukushima
Foto: AFP

Em comunicado emitido de Viena, a AIEA indicou que as autoridades japonesas informaram que a Tepco começou a bombear a água acumulada para um condensador, que recolhe o vapor que passa através da turbina.

O organismo atômico da Organização das Nações Unidas (ONU) explicou também que está sendo preparado o início dessa operação de bombeamento no reator 2 e que estão conseguindo retirar a água dos edifícios das turbinas 3 e 4.

"A extração da água dos edifícios das turbinas é um passo importante para continuar com a restauração da energia à central", explicou a AIEA em seu comunicado.

Nos esforços por esfriar os reatores, foram bombeadas toneladas de água, que se acumularam em diferentes áreas. Na quinta-feira passada, três trabalhadores ficaram feridos no reator 3 ao serem expostos à água contaminada com níveis de radioatividade 10 mil vezes superior ao normal.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 10 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE   
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