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Ásia

Aiea vai ajudar a detectar alimentos contaminados no Japão

26 mar 2011 - 09h37
(atualizado às 11h06)
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A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) enviou ao Japão duas novas equipes de especialistas para colaborar na gestão da crise nuclear, uma delas dedicada a analisar a contaminação radioativa detectada em alimentos.

Terremoto atingiu usina nuclear e espalhou medo de contaminação
Terremoto atingiu usina nuclear e espalhou medo de contaminação
Foto: AP

O organismo com sede em Viena indicou neste sábado em comunicado que as duas equipes já viajaram ao Japão para "ajudar na resposta à emergência na usina nuclear de Fukushima Daiichi", onde o terremoto e o tsunami de 11 de março provocaram grandes danos.

Uma das equipes está composta tanto por pessoal da Aiea como da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), e seu trabalho será avaliar a contaminação de alimentos registrada após os vazamentos radioativos e ajudar as autoridades japonesas a recolherem e analisarem dados nesse sentido.

A Aiea reiterou na sexta-feira que a detecção de contaminação obrigou a restrição de distribuição de leite em Fukushima e Ibaraki, e de vegetais em Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, para evitar que cheguem aos mercados.

A segunda equipe está composta por especialistas em proteção radiológica e realizará tarefas de medição e controle da radioatividade.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 10 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE   
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