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Ásia

Operações de resfriamento em Fukushima podem durar um mês

25 mar 2011 - 06h32
(atualizado às 08h43)
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As operações de resfriamento dos reatores da central nuclear de Fukushima (nordeste do Japão) podem durar pelo menos um mês adicional, informou nesta sexta-feira a Tokyo Electric Power (Tepco), depois que três funcionários foram contaminados.

Funcionários que tiveram contato com água contaminada por radiação são escoltados por colegas ao hospital de Fukushima
Funcionários que tiveram contato com água contaminada por radiação são escoltados por colegas ao hospital de Fukushima
Foto: AP

"Ainda estamos avaliando os danos na central e não podemos fixar a data na qual funcionarão os equipamentos de refrigeração. Pode levar ainda mais de um mês, quem sabe", declarou um porta-voz da Tepco.

A Agência Japonesa de Segurança Nuclear anunciou que não descarta a possibilidade de elevar o nível de gravidade do acidente de Fukushima, atualmente no grau 5 em uma escala escala de 0 a 7.

"Não podemos descartar a possibilidade de elevar o nível para 6, em consequência da evolução da situação", afirmou uma fonte da agência.

As operações para religar os sistemas de resfriamento foram suspensas parcialmente após o anúncio de que três funcionários foram expostos à radiação.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 10 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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