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Ásia

França alerta para riscos de água do mar injetada em usina

23 mar 2011 - 12h36
(atualizado às 13h49)
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O Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) da França advertiu nesta quarta-feira que a presença de sal na água injetada na usina nuclear japonesa de Fukushima pode alterar a "muito curto prazo" a refrigeração do combustível. O organismo manifestou particularmente sua preocupação com o risco de cristalização do sal injetado com a água de mar nos reatores, que poderia provocar, entre outros efeitos, "corrosão ou um impacto sobre a refrigeração dos núcleos".

"Conviria reconstituir as reservas de água doce", recomendou o organismo, que acrescentou que "os reatores 1, 2 e 3 se encontram em um estado particularmente crítico diante da ausência de uma fonte de refrigeração permanente". "As piscinas necessitam receber água regularmente", revelou o instituto, segundo o qual "se está analisando a viabilidade de uma alimentação direta a partir dos sistemas de refrigeração".

O IRSN destacou que, mais uma vez, a prioridade está em por em funcionamento esse sistema, que ficou sem energia elétrica como consequência do terremoto e do tsunami que atingiu o Japão em 11 de março.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

EFE   
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