Desde o dia 11, costa leste convive com tremores diários
23 mar2011 - 10h22
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ISABEL MARCHEZAN MARCELO DO Ó RICARDO MATSUKAWA
Direto Iwaki
Doze dias após o terremoto de 9 graus na escala Richter, que deu origem a um tsunami no Japão, os moradores da costa leste e da porção central do país convivem com tremores de terra diários. Em viagem pelo interior do Japão desde o dia 17, a equipe de reportagem do Terra presenciou tremores diariamente.
Equipe do Terra presencia forte terremoto no Japão:
Embora a gravidade destes terremotos não se compare àquele do dia 11 - o mais forte chegou a 6,6 graus, com epicentro no oceano, a 200 km da costa - nem tenham provocado novos tsunamis, a população fica em alerta. Boa parte dos japoneses recebe avisos pelo celular cada vez que há um tremor. Inevitavelmente, estancam por alguns segundos quando o sismo está sob seus pés, e carros reduzem a velocidade na estrada.
O último e mais forte tremor testemunhado pela reportagem do Terra atingiu a localidade de Iwaki na manhã desta quarta-feira, e atingiu 5,7 graus na escala Richter, de acordo com a US Geological Survey (USGS, instituição do governo americano que monitora os terremotos pelo mundo). O epicentro, segundo a USGS, foi a 20 km de distância da cidade, e a 1 km de profundidade. "Tomem cuidado. Vai tremer mais, pode vir um tsunami", alertou Yoshinoki Hayashi, dono de uma pousada na cidade.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.
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22 de março - Na cidade de Tamura, 2.645 pessoas se refugiaram em nove diferentes abrigos após o terremoto
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - "A companhia elétrica de Tóquio nos dizia que nunca poderia haver um abalo, e nós acreditamos", disse o aposentado Masaaki Takiuchi, 69 anos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - A mulher dele, Mitsue, diz que não quer voltar para onde morava; "tenho muito medo", afirmou
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - A família Takiuchi - Masaaki (centro), sua mulher, Mitsue (esq.), e sua mãe, Sono, foram evacuados às pressas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - A família Sasaki também foi levada ao abrigo um dia após o terremoto seguido de tsunami, em Tamura
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Menina brinca com mangá em um dos nove abrigos para refugiados da cidade de Taruma
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Entre os pertences que moradores salvaram, estão revistas femininas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Menino mostra brinquedos que conseguiu salvar do tsunami e levar para o abrigo, em Taruma
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Com os pertences salvos pelos moradores, os refugiados montaram uma "biblioteca" improvisada no abrigo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Menino sorri ao mostrar brinquedos que conseguiu salvar e levar para o abrigo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Homem usa boné para se proteger da claridade e dormir no abrigo, em Tamura
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Mulher põe o celular no ouvido de um menino desabrigado pelo tsunami, em Tamura
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Desabrigados, irmãos leem mangá juntos, em um ginásio esportivo na cidade de Tamura
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Mulher cochila encostada à parede do ginásio, em Taruma
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Mãe segura seu filho em meio a roupas e outros pertences acumulados no abrigo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Idosa observa o abrigo sobre varal improvisado pelos refugiados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Entre os objetos que moradores conseguiram salvad, está um par de chinelos de pelúcia
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - O exército japonês montou uma estrutura com ofurô e local para higiene pessoal
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - No abrigo, carregadores de celulares e de tablets ficam à disposição dos refugiados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Os refugiados podem utilizar um ofurô; "Quando estamos com frio, vamos para a água quente", disse Masaaki Takiuchi
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - No refúgio montado pelos militares, há baldes para higiene pessoal
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Baldes com xampus e sabonetes ficam à disposição dos refugiados
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Um aquecedor garante a temperatura amena na hora do banho de ofurô
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
22 de março - Cestas ficam em uma estante para que os refugiados utilizem na hora do banho