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Ásia

Usina de Fukushima retoma operação para esfriar reatores

22 mar 2011 - 00h29
(atualizado às 08h26)
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As operações para resfriar os reatores da central nuclear de Fukushima 1 foram retomadas na manhã desta terça-feira, após uma interrupção provocada por fumaça saindo dos reatores 2 e 3, informou a operadora Tokyo Electric Power (Tepco).

Por volta das 8h local, os funcionários regressaram à central para retomar as operações envolvendo os reatores 1 a 4, danificados pelo tsunami de 11 de março passado.

A maior parte do pessoal que trabalhava em Fukushima Daiichi foi retirada após os reatores 2 e 3 expelirem fumaça e vapor. Novas emissões de vapor foram observadas na manhã de hoje (terça), mas segundo um funcionário da Tepco, a situação não prejudicou os trabalhos em curso.

Já a operação com canhões d'água para resfriar os reatores não havia sido retomada na manhã de hoje em Fukushima Daiichi, situada 250 km a nordeste de Tóquio.

O reator 3 é o mais danificado, após a explosão que destruiu o teto do prédio na semana passada devido ao acúmulo de hidrogênio. É também o reator, dos seis existentes na central, que mais preocupa as autoridades, já que em seu interior há combustível MOX, uma mescla de óxidos de plutônio e urânio.

Fukushima Daiichi foi atingida por um tsunami de 14 m que interrompeu o fornecimento de energia e provocou o colapso na refrigeração dos reatores, após a paralisação das bombas d'água. O sistema de emergência, que utiliza geradores a diesel, também caiu.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8,6 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

info infográfico situação crítica fukushima
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Foto: AFP
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