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Ásia

Tsunami de 14 m atingiu usina de Fukushima, diz operadora

21 mar 2011 - 21h42
(atualizado às 22h20)
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O tsunami que atingiu a central nuclear japonesa Fukushima Daiichi tinha ao menos 14 m de altura, apontou nesta terça-feira a Tokyo Electric Power (Tepco). Até o momento, a estimativa do tamanho da onda que varreu o complexo nuclear, situado na costa japonesa (250 km a nordeste de Tóquio), era de 10 m.

Desorganização marca centro de imprensa de Fukushima:

A central de Fukushima Daini, a cerca de 10 km ao sul da primeira, também foi varrida pelo tsunami, mas sofreu menos danos. Um funcionário de Fukushima Daini contou a rede de televisão NHK que no dia 11 de março foi evacuado para uma colina próxima à usina após o terremoto.

"Houve um recuo do oceano de mais de 200 m e depois surgiu o tsunami, que inundou a central. A onda passou sobre o dique e arrastou os carros estacionados, foi impressionante". A Tepco construiu as duas centrais nucleares para resistir a um terremoto de 8 graus de magnitude e a um tsunami de 5,7 m de altura em Fukushima Daiichi, e de 5,2 m em Fukushima Daini.

A crise nuclear em Fukushima Daiichi foi provocada pelo colapso na refrigeração dos reatores, após o tsunami interromper o fornecimento de energia e paralisar as bombas d'água. O sistema de emergência, que utiliza geradores a diesel, também caiu.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8,6 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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