Reator 2 de Fukushima também registra saída de fumaça
A Agência de Segurança Nuclear do Japão informou nesta segunda-feira que foi vista fumaça também no reator 2 da usina nuclear de Fukushima, depois de ter sido detectada no reator 3 uma coluna de fumaça que já foi interrompida. Segundo o organismo, a fumaça sai da parte posterior do edifício onde se encontra o reator 2, sem que por enquanto se tenha determinado sua origem.
Pouco antes, havia sido informado que uma fumaça cinza saía da unidade 3, uma das que causa mais preocupação aos especialistas e que forçou a evacuação dos trabalhadores dessa área, embora já tenha sido interrompida, segundo a agência local Kyodo,/i>. Por enquanto não se determinou a causa da fumaça registrada nos dois reatores, cuja temperatura os trabalhadores da Tepco, a operadora da usina nuclear, tentam diminuir ao lado de militares e bombeiros.
Segundo a Agência para a Segurança Nuclear, se esperava que nesta segunda-feira chegasse eletricidade ao reator 2. Uma vez restabelecida a provisão, se pretendia reativar seu sistema de ventilação e alguns aparatos, como os que medem a pressão e temperatura do reator. Previamente, o governo japonês havia garantido nesta segunda-feira que a radiação em torno do reator 3 da central de Fukushima não aumentou apesar da fumaça detectada nessa unidade, que aparentemente saía do local onde se encontra a piscina de combustível nuclear.
Um porta-voz da Tepco afirmou que também não há mudanças na pressão do reator, embora por segurança tenha sido determinada a retirada dos trabalhadores nessa área da central, enquanto se investiga a situação. Além disso, o governo proibiu a distribuição de leite e espinafre procedentes dessa província e de algumas regiões vizinhas após ser detectada contaminação por radiação.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8,6 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.