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Ásia

Usina de Fukushima continua recebendo água para esfriar reatores

20 mar 2011 - 23h14
(atualizado em 21/3/2011 às 00h40)
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Caminhões-pipa retomaram nesta segunda-feira o lançamento de água ao reator 4 da usina nuclear de Fukushima, cuja situação continua sendo séria, mas com melhora nas últimas horas, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Segundo informou a agência local Kyodo, o reator 3 da unidade esteve recebendo toneladas de água de domingo até o começo da madrugada desta segunda-feira.

Os esforços se concentram há dias nas unidades 3 e 4, as mais afetadas pelas explosões que se sucederam após o terremoto de 9 graus do dia 11 de março e o posterior tsunami, que inutilizou seus sistemas de refrigeração e causou uma crise nuclear no Japão sem precedentes.

O objetivo é esfriar suas piscinas para evitar que as barras de combustível armazenadas fiquem expostas ao ar e, no pior dos casos, se fundam e emitam grandes quantidades de radiação.

As unidades 2 e 5 da usina estão conectadas desde o domingo a fontes de energia externa e espera-se que dessa forma se possam esfriar os reatores, assim como suas piscinas de água, uma vez se restaure seu sistema de refrigeração. Isso poderia levar ainda vários dias no caso do reator 2, cujo envoltório de contenção sofreu sérios danos, segundo a Agência de Segurança Nuclear do Japão, citada pela Kyodo.

As unidades 5 e 6, por sua vez, são as menos afetadas e no domingo foram registradas temperaturas relativamente normais em suas piscinas de armazenamento de combustível usado.

A AIEA, que nesta segunda-feira realizará uma reunião extraordinária em Viena, reconheceu no domingo que nas últimas horas houve uma evolução positiva nos esforços para esfriar os seis reatores da central e evitar assim maiores danos.

A agência disse, no entanto, que a unidade danificada continua liberando radiação e que riscos maiores não estão descartados pois a situação continua sendo "muito séria", de acordo com o assessor científico da AIEA, Graham Andrew.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8,6 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

info infográfico situação crítica fukushima
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Foto: AFP
EFE   
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