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Ásia

Duas pessoas são encontradas 9 dias depois do terremoto do Japão

20 mar 2011 - 06h28
(atualizado às 11h18)
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As equipes de resgate japonesas encontraram neste domingo uma avó e seu neto debaixo dos escombros de uma casa onde estavam presos há nove dias depois do terremoto que devastou o nordeste do Japão, anunciou a polícia. Sumi Abe, 80 anos, e Jin Abe, 16 anos, tiveram a sorte de estar na cozinha quando a casa desmoronou, em 11 de março. Sobreviveram comendo tudo o que tinham na geladeira, sobretudo iogurtes.

"Enquanto buscavam sobreviventes, os policiais ouviram uma voz que pedia ajuda vinda de uma casa em ruínas", afirmou um porta-voz policial de Ishinomaki, uma das cidades mais afetadas pela catástrofe. "Então vimos uma criança tentar sair pelo telhado destruído", completou.

Sumi e Jin Abe, "em leve estado de hipotermia", foram transportados de helicóptero a um hospital. "Estão feridos?", perguntou um jornalista de TV. "Não", respondeu a idosa diante das câmeras, antes de ser transportada em uma maca para o helicóptero.

Seu neto explicou que tinham ficado presos quando a casa desmoronou por conta da força do terremoto de 9 graus de magnitude (segundo o Japão, 8,9 graus de acordo com os Estados Unidos), o pior já registrado no Japão. Esse resgate forneceu um pouco de esperança aos socorristas, que já não contavam com a possibilidade de encontrar sobreviventes.

A catástrofe de 11 de março deixou 8.133 mortos e 12.272 desaparecidos, segundo um último balanço da polícia divulgado no domingo.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 8 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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