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Oceania

Apesar de crise no Japão, Austrália vai continuar exportando urânio

20 mar 2011 - 02h32
(atualizado às 03h51)
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A Austrália, o terceiro maior exportador de urânio do mundo, vai continuar exportando este componente químico utilizado nas centrais atômicas, apesar da crise nuclear no Japão, anunciou neste domingo a primeira-ministra australiana, Julia Gillard.

"O que está acontecendo no Japão não tem nenhum impacto em nossa decisão, vamos continuar exportando urânio, corresponde a cada país decidir que tipo de energia quer utilizar", afirmou Julia em declarações à televisão local.

Embora não conte com nenhuma usina nuclear, a Austrália dispõe de 23% das reservas mundiais de urânio e é o terceiro maior exportador, depois de Cazaquistão e Canadá, com vendas anuais de 9.600 t.

Grande parte do urânio australiano vai para Japão e China, que na semana passada iniciou a inspeção de suas 13 usinas nucleares e paralisou os projetos para a construção de mais 20.

Outros mercados importantes para a Austrália são Estados Unidos e os países da União Europeia.

Após a crise japonesa, as companhias exportadoras de urânio sofreram grandes perdas na bolsa australiana, que na semana passada viram cair em 14,89% as ações da Energy Resources of Australia, participada majoritariamente pela Rio Tinto.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 7 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

Faróis de carro iluminam região revastada pelo terremoto seguido de tsunami, em Yamada, na província de Iwate
Faróis de carro iluminam região revastada pelo terremoto seguido de tsunami, em Yamada, na província de Iwate
Foto: AFP
EFE   
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