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Ásia

Empresa aumenta limite de radiação permitido para funcionários

19 mar 2011 - 06h50
(atualizado às 08h21)
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A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, aumentou neste sábado o limite de radiação a que permite que seus trabalhadores se exponham em situações de emergência, devido à crise nuclear na central de Daiichi.

O nível máximo permitido no exterior da usina foi revisado para 150 milisievert, segundo a emissora de televisão pública NHK.

A empresa reconheceu que seus funcionários em Fukushima estiveram expostos a níveis superiores a 100 milisiervert durante a crise que teve início no sábado passado e que pode ter provocado a fusão parcial do núcleo em três dos seis reatores.

Antes do terremoto e do posterior tsunami do dia 11, que inutilizou os sistemas de resfriamento da usina e gerou o acidente, trabalhavam em Fukushima Daiichi cerca de cinco mil empregados e, embora a Tepco não tenha declarado o número de pessoas que estão trabalhando no momento, acredita-se que seja algo entre 50 e 70.

A operadora assegurou que fará todo o possível para proteger a saúde de seus empregados, pelo que aqueles que tiverem sido expostos no exterior da central a radiação superior a 100 milisiervert por hora não voltarão a entrar em outro turno de trabalho.

Segundo a Tepco, o aumento do nível máximo de radiação permitido nesta emergência responde às exigências "sem precedentes e urgentes" da situação.

O Ministério da Saúde japonês já aumentou no decorrer desta semana o limite máximo de radiação permitido para os operários para 250 milisieverts, o que ainda dá espaço para que a Tepco empreenda novas altas.

Os trabalhadores da empresa, junto com militares e bombeiros, arriscam suas vidas diariamente em um ambiente com altos níveis de radiação para tentar resfriar os reatores danificados e para restaurar a provisão elétrica no sistema de refrigeração da usina.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que atingiu os 8,9 graus da escala Richter (dado revisado posteriormente para 9), gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 6,9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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