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Ásia

Hu Jintao visita embaixada japonesa para prestar condolências

19 mar 2011 - 01h27
(atualizado às 02h35)
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O presidente da China, Hu Jintao, realizou uma rara visita à embaixada do Japão em Pequim para expressar pessoalmente suas condolências pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março, que deixaram até o momento mais de sete mil mortos.

info infográfico zonas de evacuação
info infográfico zonas de evacuação
Foto: Terra

Segundo informa neste sábado a imprensa oficial chinesa, Hu visitou a legação japonesa na tarde de sexta-feira para se reunir com o embaixador Niwa Unichiro para expressar, em nome de seu governo e do povo chinês, a "sincera solidariedade com o povo japonês".

Transcorrida uma semana da catástrofe, o líder chinês disse ao embaixador Niwa que "China e Japão são países vizinhos, e o povo chinês sente de maneira profunda a dor que o povo japonês sofre", divulgou a agência oficial Xinhua.

China e Japão sofreram um século de hostilidades desde a invasão japonesa no início do século XX, uma tensão que Pequim deixou de lado nos últimos dias com o envio de ajuda emergencial à nação vizinha.

Hu, que na segunda-feira enviou suas condolências ao imperador japonês Akihito, lembrou na sexta-feira que Tóquio também ajudou nos dias seguintes à catástrofe os cidadãos chineses que estão em seu território.

Tanto Hu como o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o restante do executivo chinês expressaram suas condolências ao Japão horas depois do terremoto de magnitude 9 na escala Richter, e posteriormente ofereceram o envio de uma equipe de resgate e US$ 4,5 milhões em material de emergência.

Em 2008, quando a China viveu seu pior terremoto em décadas, o de Sichuan, que deixou mais de 90 mil mortos e desaparecidos, o Japão também enviou equipes de resgate para ajudar nas buscas por sobreviventes.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 6,9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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