Japão: operadora prevê religar energia em Fukushima no sábado
A operadora da usina nuclear danificada no Japão pretende reconectar sua fonte de energia elétrica externa e reativar o sistema de resfriamento dos reatores neste sábado, informou a empresa. A operação é vista como vital para tirar a usina de Fukushima 1, localizada a 250 km a nordeste de Tóquio, do caminho de uma catástrofe nuclear.
Quatro dos seis reatores da unidade foram danificados e correm risco de emitir perigosas quantidades de radioatividade. Uma série de explosões causadas por hidrogênio e incêndios atingiram os prédios dos reatores. O terremoto de 9 graus de magnitude da semana passada, seguido de um forte tsunami e tremores secundários, danificou o fornecimento de energia, incluindo geradores para casos de emergência, na usina da costa do Pacífico.
A falta de energia paralisou as bombas d'água e elevou a temperatura das barras de combustível nos reatores e piscinas de contenção, que ficaram menos expostas à água de resfriamento. Helicópteros militares e uma frota de bombeiros jogaram água do mar nos reatores e nas barras de combustível para evitar altos níveis de radiação.
Duas das unidades da usina da Tokyo Electric Power Co. devem começar a receber eletricidade no sábado, após os cabos de energia terem sido levados até o local, informou a emissora estatal NHK.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 6,9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.