Tsunami no Japão pode ter chegado a 23 m, indica estudo
O tsunami que devastou a costa nordeste do Japão, após o violento terremoto de 11 de março, atingiu uma altura de ao menos 23 m, segundo um estudo japonês citado nesta sexta-feira pelo jornal Yomiuri Shimbun. O Instituto de Pesquisa sobre Portos e Aeroportos do Japão mediu em Ofunato, na prefeitura de Iwate, o tsunami que varreu do mapa cidades costeiras inteiras, segundo o jornal.
O mais forte tsunami a atingir o Japão após um terremoto foi medido em 38,2 m, em 1896, precisou o jornal. O estudo do instituto foi conduzido nesta sexta-feira graças ao sistema de posicionamento via satélite GPS e outros instrumentos de medida, acrescentou o Yomiuri Shimbun.
A Autoridade de Informação Geoespacial do Japão anunciou que ao menos 400 quilômetros quadrados foram inundados pelo tsunami de 11 de março. Esse número poderia ainda ser revisto para cima, informou essa autoridade, já que ainda falta analisar fotos aéreas de 20% das zonas atingidas.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 6,9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.