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Ásia

AIEA se reunirá para discutir acidente nuclear em Fukushima

18 mar 2011 - 11h52
(atualizado às 13h56)
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O Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizará na próxima segunda-feira em Viena uma reunião extraordinária sobre a crise nuclear no Japão, segundo anunciou nesta sexta-feira o órgão da ONU.

O diretor-geral da agência, Yukiya Amano, relatará aos 35 países-membros a visita que fez ao Japão, que termina neste sábado.

Fontes ligadas ao órgão indicaram à Agência Efe em Viena que a reunião será focada unicamente nos detalhes da situação na região do acidente da usina de Fukushima e as medidas que a agência nuclear executa no local.

A AIEA foi alvo de críticas de alguns meios de comunicação e também de representantes de países-membros por uma suposta falta de ação em relação a esta crise nuclear, a mais grave desde o acidente de Chernobyl (Ucrânia) em 1986.

Acompanhado por um grupo de especialistas, Amano se encontra desde esta sexta-feira no Japão, onde se reuniu com representantes do Governo, incluindo o primeiro-ministro, Naoto Kan.

O responsável máximo da AIEA pediu ao governante mais transparência e informações sobre a crise nuclear, e anunciou que analistas do órgão vigiarão as radiações em torno da usina de Fukushima.

A reunião extraordinária do Conselho de Governadores começará na próxima segunda-feira às 11h do horário local (7h de Brasília).

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 6,9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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