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Ásia

OMS afirma que não recomenda restrições de viagens ao Japão

18 mar 2011 - 08h54
(atualizado às 09h45)
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira que por enquanto não vai emitir nenhuma recomendação para que as viagens ao Japão sejam restringidas devido à atual crise nuclear.

info infográfico 3 maiores desastres nucleares japão
info infográfico 3 maiores desastres nucleares japão
Foto: AFP

"Evidentemente, dizemos que a área de 30 km em torno da usina nuclear de Fukushima deve ser evitada, mas no resto do Japão não vemos nenhuma razão do ponto de vista da saúde pública para recomendar que seja isolado", assinalou o porta-voz Gregory Hartl em entrevista coletiva.

Com relação às recomendações emitidas por diferentes países para que seus cidadãos deixem Tóquio e ao êxodo que está ocorrendo por parte de inúmeros estrangeiros, Hartl indicou que corresponde a cada pessoa fazer "um balanço individual do risco" que acredita que corre.

"As pessoas têm razão de estarem preocupadas, não queremos minimizar nada, mas dizemos que em Tóquio e sua área metropolitana o nível de radiação é baixo", indicou o porta-voz.

A Organização Mundial de Meteorologia afirmou nesta sexta-feira que não foi formada nenhuma nuvem radioativa nas camadas altas da atmosfera como consequência do acidente nuclear do Japão, e que só se detectou radioatividade superior à normal perto do solo.

"A situação é muito diferente da de Chernobyl. Não há nenhuma procedência radioativa na alta atmosfera desde o acidente de Fukushima", relatou um especialista do organismo.

A organização também assinalou que, de acordo com as últimas observações meteorológicas, os ventos continuam soprando do noroeste nas regiões norte e leste do Japão, o que significa que as partículas radioativas seguem sendo empurradas para o Oceano Pacífico.

No entanto, indicou mais uma vez que as condições meteorológicas podem mudar.

Gregory Hartl também fez uma advertência contra o "consumo indiscriminado" de iodeto de potássio que está sendo feito em alguns lugares por temor à radioatividade, e lembrou que a automedicação deste produto pode ter efeitos adversos.

"O iodeto de potássio só deve ser consumido quando há uma clara recomendação das autoridades sanitárias", destacou.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 6,5 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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