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Ásia

Operadora teria pedido para retirar funcionários de usina

17 mar 2011 - 20h04
(atualizado às 20h58)
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A Tokyo Electric Power Co. (Tepco) pediu no início desta semana ao governo japonês autorização para retirar todos os seus funcionários da usina nuclear com risco de vazamento, informou um jornal nesta sexta-feira (horário local).

info infográfico evacuação japão
info infográfico evacuação japão
Foto: AFP

Em um primeiro momento, a Tepco concluiu que seria "difícil" para seus trabalhadores continuarem a consertar a usina de Fukushima 1, onde altos níveis de radiação foram registrados, informou o jornal Mainichi Shimbun. A Tepco propôs o plano na segunda-feira, depois das explosões e incêndio que atingiram os reatores nucleares após o terremoto seguido de tsunami da sexta-feira.

Mas o primeiro-ministro Naoto Kan recusou o pedido, dizendo à Tepco: "é impossível uma retirada. O que está em jogo não é se a Tepco vai entrar em colapso. E sim se a situação vai piorar no Japão", de acordo com Mainichi. Um funcionário que não quis se identificar, ligado à TEPCO, foi citado pelo jornal: "dizer que a saída é inaceitável é como se (Kan) dissesse para (os trabalhadores) atuarem expostos à radiação e morrerem".

Mais de 5 mil pessoas trabalhavam na usina. A Tepco não anunciou o número de funcionários que ainda trabalham na usina. Alguns informes dão conta de que em torno de 70 pessoas estão trabalhando no local atualmente.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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