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Ásia

Estudo: incidência de câncer não diminuiu após Chernobyl

17 mar 2011 - 17h46
(atualizado às 19h01)
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O risco de cânceres da tireoide entre os que, ainda crianças, foram expostos ao acidente nuclear de Chernobyl não diminuiu, um quarto de século após a catástrofe, segundo estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.

info infográfico temor usina nuclear
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Foto: Divulgação

Os Institutos nacionais de Saúde americanos examinaram 12,5 mil pessoas com menos de 18 anos de idade na época do acidente de Chernobyl, ocorrido no dia 26 de abril de 1986, e que viviam perto do local da tragédia na Ucrânia. O estudo foi divulgado no jornal Environmental Health Perspectives.

O nível de radioatividade na glândula tireoide de cada indivíduo foi medida nos dois meses após o acidente. Em 12 anos, os pacientes foram, então, examinados quatro vezes numa investigação de câncer. "Os cientistas não descobriram qualquer prova de diminuição do risco", diz o estudo.

Outros estudos relacionados a pessoas que sobreviveram à explosão de bombas atômicas mostram que o risco de cânceres começa a declinar apenas 30 anos após a exposição, mais ainda permanecendo mais elevado que a média durante 40 anos depois. Por ocasião do acidente na central ucraniana, considerado o nuclear civil mais grave da história, estimava-se em cinco milhões o número de pessoas contaminadas na Bielo-Rússia, na Rússia e na Ucrânia.

O número de mortes é objeto de debates. As Nações Unidas estimam em 9 mil mortos, vítimas diretamente das consequências do acidente. As organizações ecologistas, como Greenpeace, avaliam este número em 100 mil.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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