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Ásia

Obama: crise nuclear no Japão não traz risco aos EUA

17 mar 2011 - 16h43
(atualizado às 17h46)
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O presidente dos Estados Unidos Barack Obama concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira sobre a crise nuclear vivida pelo Japão após o terremoto de 9 graus de magnitude que atingiu o país. No Jardim de Rosas da Casa Branca, em Washington, o presidente afirmou que a possibilidade de vazamento de radiação na usina nuclear de Fukushima não traz riscos aos EUA.

Barack Obama concede entrevista coletiva sobre a crise nuclear japonesa no Jardim de Rosas da Casa Branca
Barack Obama concede entrevista coletiva sobre a crise nuclear japonesa no Jardim de Rosas da Casa Branca
Foto: AFP

Ele disse que não espera que níveis perigosos de radiação cheguem à América após o desastre nuclear no Japão. "Vou ser muito claro: não esperamos que níveis perigosos de radiação atinjam os EUA, seja a costa Oeste, o Havaí, o Alasca ou os territórios americanos no Pacífico", afirmou.

"Trata-se da análise de nossa comissão de regulação nuclear e de vários outros especialistas", ressaltou Obama, pedindo calma aos cidadãos. "Os centros de controle e prevenção sanitária e os especialistas em saúde pública não recomendam que as pessoas nos EUA tomem medidas de precaução além do fato de se manterem informadas", disse.

"É preciso que você saiba o que eu sei como presidente", insistiu Obama, enquanto a principal fabricante americana de cápsulas de iodeto de potássio, a Anbex, anunciou nesta quarta estar com seus estoques quase vazios em razão da grande demanda causada pelos acidentes nucleares em série no Japão.

Como medida de precaução em função dos episódios ocorridos em Fukushima, o presidente americano pediu para que seja feita "uma revisão exaustiva" das condições em que se encontram as 104 usinas nucleares que existem no país para confirmar que podem resistir a desastres naturais como terremotos ou tsunamis.

A Comissão Reguladora de Energia Nuclear (NRC) será a encarregada de realizar a avaliação, segundo o governante. Obama fez um apelo para que os cidadãos americanos mantenham a calma, ao indicar que até o momento as autoridades "não recomendam" medidas de precaução para os residentes nos EUA.

Obama manifestou seu apoio aos "aliados japoneses", e disse acreditar que o país asiático "se recuperará e vai se reconstruir". Na noite de quarta-feira, o estadista ligou para o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, a quem prometeu toda a ajuda possível de seu país para que o Japão possa se reerguer.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

Fonte: Terra
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