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Ásia

OCDE teme violenta reação antinuclear após crise no Japão

17 mar 2011 - 09h04
(atualizado às 09h18)
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O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), Angel Gurría, manifestou nesta quinta-feira o temor de que o acidente na central japonesa de Fukushima provoque uma "reação violenta" contra a energia nuclear no restante do mundo. "Me preocupa particularmente que possa haver uma reação violenta, que talvez já esteja acontecendo, contra a alternativa da energia nuclear, e que possa ser considerada ruim, sem levar em consideração as circunstâncias excepcionais", declarou o mexicano em entrevista à rádio BBC.

"Continuamos acreditando que a energia nuclear é parte da solução, mas não toda a solução, para garantir que temos energia elétrica suficiente para fazer funcionar a economia. Não devemos permitir que isto nos desvie desta convicção", completou. A grave crise nuclear no Japão foi provocada pelo violento terremoto e posterior tsunami que afetaram na sexta-feira o nordeste do arquipélago e que deixaram milhares de mortos e desaparecidos.

Na área econômica, Gurría afirmou que paradoxalmente a situação pode representar um estímulo para a economia japonesa, a terceira maior do mundo.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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