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Ásia

França envia material ao Japão para evitar fusão nuclear

17 mar 2011 - 08h24
(atualizado às 08h59)
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A França enviará nesta quinta-feira um avião ao Japão carregado de material e produtos químicos para deter o processo de fusão nuclear dos reatores do complexo atômico de Fukushima. O ministro da Indústria e Energia francês, Éric Besson, anunciou nesta manhã na emissora France 2 o envio de um primeiro avião com 95 toneladas de boro, "um elemento químico que permite atrasar o processo de fusão", e com material de proteção contra a radiação.

Este será o segundo envio de ajuda da França ao Japão, após o terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que atingiu o país na sexta-feira passada. O primeiro envio foi feito na segunda-feira, quando um avião transferiu 100 socorristas e especialistas em riscos nucleares, além de material para o salvamento de vítimas e de proteção contra radiação.

O Ministério de Relações Exteriores da França indicou que o avião transportava 14 toneladas de equipamento, incluindo material de proteção como máscaras e 10 mil pastilhas de iodo, que bloqueiam a glândula tireóide para que ela não absorva iodo radioativo. Segundo o Ministério de Exteriores, Paris já habilitou dois aviões governamentais para os franceses que quiserem sair do Japão e recomendou a seus nacionais que abandonem "a região de Tóquio".

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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