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Ásia

Radiação em Fukushima afeta pelo menos 45 pessoas, diz AIEA

17 mar 2011 - 07h49
(atualizado às 08h36)
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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta quinta-feira que 23 pessoas ficaram feridas na usina nuclear de Fukushima, outras duas estão desaparecidas e mais de 20 foram contaminadas pela radiação local. Em comunicado, a agência das Nações Unidas reconhece que, "dada a incerteza" sobre a situação na usina, seriamente danificada pelo terremoto e posterior tsunami do último dia 11 no nordeste do Japão, os números "estão suscetíveis a mudanças".

Imagem de satélite da usina nuclear de Fukushima, que sofreu danos nas unidades 1, 3 e 4 após o terremoto
Imagem de satélite da usina nuclear de Fukushima, que sofreu danos nas unidades 1, 3 e 4 após o terremoto
Foto: AP

As autoridades japonesas confirmaram à AIEA que, entre as pessoas feridas - quase todas funcionários da empresa operadora (Tepco) ou terceirizados -, há uma pessoa "hospitalizada em estado desconhecido" e outras duas que "adoeceram subitamente". Há também sete funcionários e quatro membros da Defesa Civil Japonesa "feridos pela explosão no reator 3 em 14 de março", indica o organismo, que não informa sobre o grau de gravidade dessas lesões.

Um funcionário fraturou as pernas, quatro foram hospitalizados após sofrer "ferimentos menores" durante a explosão no reator 1 no dia 11, dois funcionários da Tepco foram levados ao hospital por problemas respiratórios e outras duas pessoas "sofreram ferimentos menores". Além disso, há duas pessoas "desaparecidas" na lista.

Por outro lado, a AIEA estima que há mais de 20 pessoas - 18 funcionários, 2 policiais e um número indeterminado de bombeiros - que foram expostas à contaminação radiológica na central de Fukushima, que tem seis reatores. Em um dos funcionários, observou-se uma exposição "significativa" a radioatividade, que foi levado a um hospital, enquanto outros "não foram hospitalizados devido ao baixo nível de exposição" à radioatividade, e dois policiais foram "descontaminados".

"Os bombeiros que estiveram expostos a radiação estão sendo examinados", conclui a nota, antes de afirmar que a AIEA continua tentando obter mais informações das autoridades japonesas.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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