PUBLICIDADE

Ásia

Japão descarta ampliar área de evacuação em Fukushima

17 mar 2011 - 00h43
(atualizado em 22/3/2011 às 14h39)
Compartilhar

O governo do Japão assegurou nesta quinta-feira que por enquanto não há planos de ampliar a área de evacuação além do raio estabelecido de 20 km da usina nuclear de Fukushima, enquanto dá prioridade para resfriar a unidade 3. O porta-voz do governo, Yukio Edano, assinalou também que o Japão "entende" a recomendação dos Estados Unidos para que seus cidadãos em um raio de 80 km da central abandonem a zona, mas insistiu que por enquanto o governo japonês não considera necessário ampliar o perímetro estabelecido.

Cerca de 200 mil pessoas foram evacuadas nos últimos dias em um perímetro de 20 km em torno da usina de Fukushima, enquanto foi recomendado que aqueles que vivem entre 20 e 30 km não saiam de suas casas, fechem as janelas e evitem usar os aparelhos de ar-condicionado.

Nesta quinta-feira, as autoridades japonesas aumentaram em 28 mil o número de evacuados nas localidades próximas à usina nuclear. Estas pessoas foram levadas para centros de amparo na província de Fukushima e nas zonas de Niigata e Togichi, segundo a rede de televisão NHK. Além disso, na província de Fukushima muitos outros moradores decidiram voluntariamente deslocar-se para o sul ou afastar-se da usina para evitar a exposição à contaminação nuclear.

Os principais problemas parecem se concentrar agora em duas unidades, a 3 e a 4, nas quais as temperaturas e o nível de radioatividade seguem muito elevados. O ministro de Defesa japonês, Toshimi Kitazawa, disse que, se for necessário, será repetida a operação de jogar água sobre o reator 3 a partir de helicópteros. Kitazawa detalhou que o nível de radiação a 300 metros de altura era de 4,13 milisievert por hora, enquanto a 90 metros alcançava 87,7 milisievert.

Na quarta-feira, as autoridades japonesas detectaram que o nível de radiação a mais de 20 quilômetros ao nordeste subiu a 0,33 milisievert por hora, ligeiramente acima do normal mas ainda sem perigo para a saúde.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto de 9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfecho e as consequências permanecem incertas.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram quase 9 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuaráreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

info infográfico temor usina nuclear
info infográfico temor usina nuclear
Foto: Divulgação
EFE   
Compartilhar
Publicidade