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Ásia

Famílias brasileiras retornam 5 dias após tragédia no Japão

16 mar 2011 - 19h05
(atualizado às 20h08)
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Hermano Freitas
Direto de Guarulhos

Cinco dias após a catástrofe que devastou o Japão, as famílias brasileiras que viviam no país asiático desembarcavam na tarde desta quarta-feira no aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A conexão dos brasileiros que chegaram nesta tarde em São Paulo foi Doha, no Qatar. Os parentes que ficaram recebem os entes queridos emocionados.

info infográfico alerta tsunami pacífico
info infográfico alerta tsunami pacífico
Foto: AFP

A psicóloga Debora Iwasaki, 40 anos, relatou ter ficado 24 horas sem comunicação com o marido ou as filhas. As duas adolescentes, de 15 anos e 17 anos, ficaram impedidas de sair da escola em que estudavam em Tóquio, distante apenas 7 km da residência, por falta de Metrô. Sem telefone, a família ficou um dia inteiro sem saber notícias.

"Foram momentos de muita angústia, não sabíamos se os outros estavam bem", disse Debora. De acordo com ela, para conseguir mantimentos foi necessária uma verdadeira "via sacra". "A primeira coisa que faltou foi água, depois disso o resto passou a escassear", diz. O pai das meninas ficou na capital japonesa por exigência da empresa em que trabalha, que permitiu a ida apenas do restante da família.

De acordo com ela, o que mais assustou após o terremoto foi o Tsunami. Entretanto, com o risco de explosão nas usinas nucleares, a contaminação radioativa passou a assombrar os residentes de Tóquio, distante 200 km das regiões afetadas por risco de radiação.

O casal de operários Aristides e Helena Massuda, respectivamente 60 anos e 62 anos, já estava com a volta marcada para o Brasil. Com a catástrofe, a sensação de alívio por rever as filhas, Michele e Milena, foi somada à de deixar para trás um País mergulhado no caos.

"Falta tudo, desde água até gás. Cada carro tem direito a apenas 6 litros de gasolina", diz Aristides. "Tive de me esconder debaixo da mesa. Até os japoneses diziam que nunca tinham visto isso na vida", declarou. Após 10 anos vivendo no Japão, a família esperava apenas gozar a aposentadoria no País Natal após fazer um pé de meia no de seus ancestrais.

Fonte: Terra
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