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Ásia

Cerejeiras doadas pelos EUA ao Japão arrecadarão fundos

16 mar 2011 - 16h26
(atualizado às 16h59)
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As cerejeiras dadas pelo Japão há quase um século à cidade de Washington vão ajudar a recolher recursos para socorrer o Japão devastado por um tremor de terra, por ocasião do festival realizado anualmente, durante sua florada espetacular.

"Uma parte dos preços do ingresso será revertida aos esforços de socorro e convidaremos também o público a fazer doações", informou John Malott, presidente da Japan-America Society que organiza há 50 anos o festival, com duração de um dia.

Em 1912, o prefeito de Tóquio ofereceu, em sinal de amizade aos Estados Unidos, 3 mil cerejeiras que, a cada ano, apresentam um espetáculo primaveril, atraindo um milhão de visitantes ao longo do rio Potomac e de lagos que enfeitam Washington. Oitenta delas são originais; as árvores restantes foram substituídas ao longo dos anos.

Este ano, as manifestações, espetáculos e visitas são organizadas em torno do desabrochar das flores brancas e rosas previstas para o período entre 26 de março a 10 de abril, com a florada mais antecipada, em relação ao ano passado.

A entrada para o festival cultural da rua "Sakura Matsuri" foi fixada em 5 dólares. Será realizada no sábado, 9 de abril, com a participação de grupos de arte do Japão. "A expectativa é de 80 mil visitantes", explicou John Malott.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 4,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos podem chegar a US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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