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Ásia

Governo pede que japoneses não estoquem combustível e comida

16 mar 2011 - 04h49
(atualizado às 05h07)
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O governo do Japão pediu nesta quarta-feira que a população das regiões a salvo do terremoto tenha moderação à hora de estocar comida e combustível, para garantir que haja quantidade suficiente nas áreas devastadas. "O abastecimento de combustível piora nas zonas mais afetadas pelo terremoto, pelo que colocamos todos os nossos esforços para assegurar a provisão nestes lugares", assinalou o porta-voz do governo, Yukio Edano, em entrevista coletiva.

Desta forma, Edano fez o apelo para que os cidadãos evitem o "pânico" em suas compras de combustível, dado que a prioridade é o fornecimento nas áreas do país mais afetadas pelo terremoto e o posterior tsunami.

O ministro da Defesa japonês, Toshimi Kitazawa, assegurou que sua pasta forneceu combustível que a Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF) havia armazenado em suas bases por todo o país. A agência Kyodo informou que essas reservas de combustível serão repartidas a partir desta quarta-feira por avião na província de Miyagi, a mais devastada pelo tremor.

Edano indicou que o Japão não enfrenta problemas de escassez de gasolina, já que vários países ofereceram suas reservas. Com relação aos alimentos, o porta-voz do Governo pediu calma com os estoques, depois que ficaram vazias as estantes de alguns supermercados.

Edano disse que os cidadãos não devem se preocupar com a falta de provisão de produtos de primeira necessidade, e o ministro da Agricultura, Michihiko Kano, afirmou que os depósitos governamentais liberarão suas reservas de arroz. "Peço ao público que atue com calma e não acumule mais alimentos dos necessários pela urgente necessidade nas zonas devastadas", indicou Kano. As autoridades também pediram que a população continue a economizar energia, enquanto mais blecautes são esperados devido à crise na usina nuclear de Fukushima.

A Tokyo Electric Power acredita que precisarão ser mantidos até o fim de abril os cortes de luz em várias províncias da ilha de Honshu, que por enquanto não afetarão o centro de Tóquio.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

Prateleiras estão praticamente vazias em supermercados das áreas devastadas
Prateleiras estão praticamente vazias em supermercados das áreas devastadas
Foto: EFE
EFE   
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