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Estados Unidos

Vendas de iodo nos EUA disparam por medo de radiação no Japão

15 mar 2011 - 21h56
(atualizado às 23h09)
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As vendas de pastilhas de iodo, efetivas contra a contaminação radioativa da tireoide, dispararam nos últimos dias nos Estados Unidos devido ao temor de que a radiação existente no Japão alcance a costa oeste do país, publica nesta terça-feira o site do The Wall Street Journal.

info infográfico temor usina nuclear
info infográfico temor usina nuclear
Foto: Divulgação

O jornal alerta que as reservas desse tipo de pastilhas estão se esgotando nos armazéns de alguns de seus fabricantes nos Estados Unidos, entre os quais se destaca Anbex, que só no sábado vendeu mais de dez mil pacotes de 14 pastilhas cada. Segundo a empresa, o centro de pedidos da Anbex chegou a receber três encomendas por minuto de seus pacotes - avaliados em US$ 10.

"Quem não consegue começa a chorar. Estão aterrorizados", assegurou ao jornal o presidente da companhia com sede na Virgínia, Alan Morris, que detalhou que seu pessoal informa aos clientes de que o risco da radioatividade alcançar o território americano é baixo.

Também aumentaram recentemente as vendas da companhia Fleming Pharmaceuticals, especializada na fabricação de iodo líquido, que recebe, segundo seus responsáveis, "várias ligações por hora, assim como pedidos por e-mail" das garrafas de seu produto ThyroShield.

Essa empresa ainda conta com reservas do produto - cada garrafa tem um preço de US$ 13,25 -, mas prevê que devem acabar ainda nesta semana. A administração no corpo humano de iodo, seja em pastilhas ou na forma líquida, é uma das soluções para prevenir a contaminação radioativa da tireóide.

O objetivo é bloquear a necessidade de iodo da tireoide que, ao ter cobertas suas necessidades com a administração controlada desse elemento químico, não precisaria de mais e rejeitaria o agente radioativo do ambiente.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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