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Ásia

Empresas fazem plano para tirar funcionários do Japão

15 mar 2011 - 18h41
(atualizado às 20h51)
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Empresas estrangeiras elaboram na terça-feira planos para retirar seus funcionários de Tóquio e de partes do norte do Japão, numa tentativa de afastar seu pessoal das zonas ameaçadas pelo incidente nuclear, mas sem paralisar seus negócios. Várias empresas já iniciaram a retirada de seus funcionários japoneses e estrangeiros. Algumas disseram que os funcionários pediram para ficar.

info infográfico explicação tsunami
info infográfico explicação tsunami
Foto: Reuters

As empresas alemãs de tecnologia SAP e Infineon estão entre as que levaram seu pessoal para o sul do Japão, longe dos efeitos do terremoto e do tsunami de sexta-feira, e do acidente nuclear subsequente na usina nuclear de Fukushima, 240 km ao norte de Tóquio. Autoridades dizem que a radiação em Tóquio está dez vezes acima do normal, mas que isso não representa uma ameaça à saúde humana.

A SAP retirou funcionário das filiais de Tóquio, Osaka e Nagoia, e ofereceu levar seus 1,1 mil funcionários e seus familiares para o sul, onde alugou um hotel em que o pessoal poderá trabalhar online. A Infineon, fabricante de chips, disse que pretende levar seus cerca de cem funcionários para o sul, mas a maioria reluta.

Os bancos europeus UBS, Deutsche Bank e Societe Generale deixaram seus planos de retirada em suspenso, preferindo por enquanto monitorar a situação. A sueca Volvo, que emprega 4 mil pessoas nas suas fábricas caminhões em Tóquio, também está em compasso de espera, embora tenha paralisado sua fábrica e permitido que alguns funcionários estrangeiros viajem.

A alemã Continental, fabricante de pneus e autopeças, disse que pretende retirar até quarta-feira cerca de cem funcionários não-japoneses e suas famílias, enquanto os empregados japoneses e seus familiares serão levados para Hiroshima, onde foram reservados cerca de 400 leitos hoteleiros. A francesa Peugeot, sócia da japonesa Nissan, disse que cerca de 230 funcionários no Japão foram autorizados a saírem. A concorrente Daimler disse estar preparando a retirada das famílias de 60 trabalhadores expatriados.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3,3 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

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