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Ásia

Radioatividade é superior ao normal ao sul de Fukushima

14 mar 2011 - 20h50
(atualizado às 21h40)
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Uma taxa de radioatividade superior ao normal foi registrada na prefeitura de Ibaraki, situada entre as cidades de Fukushima, onde há reatores nucleares danificados, e Tóquio, informou a agência de notícias Kyodo.

Imagem da TV NHK mostra o reator 2 da usina nuclear de Fukushima, onde uma explosão foi ouvida nesta terça-feira (hora local)
Imagem da TV NHK mostra o reator 2 da usina nuclear de Fukushima, onde uma explosão foi ouvida nesta terça-feira (hora local)
Foto: AFP

A prefeitura de Ibaraki está situada às margens do Pacífico, ao sul de Fukushima, e a pouco mais de 100 km a nordeste de Tóquio, a maior aglomeração urbana do planeta, com 35 milhões de habitantes. O anúncio ocorre no momento em que o governo admite que uma explosão destruiu parcialmente hoje o reator 2 da central nuclear de Fukushima 1.

Segundo a Tokyo Electric Power, a explosão destruiu o reservatório do condensador do cilindro de confinamento concebido para impedir vazamentos radioativos em caso de acidente. É a primeira vez que é citado um dano no cilindro do reator da central de Fukushima 1, atingida por uma série de problemas causados pelo terremoto seguido de tsunami no nordeste do Japão.

Houve explosões em dois outros reatores desta usina, sábado e segunda-feira. Nos dois casos, a deflagração, devido ao escapamento de hidrogênio, danificou ou destruiu o prédio externo do reator, mas sem atingir o núcleo da instalação, segundo o governo.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1,8 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso,s prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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